O GPP iniciou o mês de agosto visitando os estados do Mato Grosso e Pará para levar os primeiros resultados sobre a avaliação dos potenciais impactos socioeconômicos e ambientais da recuperação pastagens degradadas (RPD) do Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura no Brasil (Plano ABC+).
Os eventos, organizados junto ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no âmbito do Projeto TEEB Agricultura & Alimentos (TEEBAgriFood), aconteceram nos dois estados simultaneamente, nos dias 1º e 2 de agosto, com membros do GPP presentes.
Entre os impactos apresentados pelo GPP estão o aumento do PIB brasileiro. Ao recuperar 30 milhões de hectares de pastagens, meta do Plano ABC+ até 2030, a economia brasileira cresceria cerca de mais de 1% - o que representa um retorno social expressivo se comparado a outras políticas públicas, como destaca a pesquisadora Marcela Araujo. Os efeitos relacionados à mitigação de gases de efeito estufa e a mudança de uso da terra que a RPD pode trazer também foram abordados.
Mato Grosso
No Mato Grosso, Cuiabá e Sinop receberam as atividades, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso (SEDEC-MT) e o Comitê Gestor do Plano ABC+ MT.
Os dados preliminares apresentados indicam que o estado tem potencial para recuperar 4,4 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030, podendo elevar o PIB estadual em até 5% e, considerando a integração lavoura-pecuária (ILP), em cerca de 12%.
“Esse grupo faz um trabalho maravilhoso e eles mostraram, por exemplo, o quanto de benefício trará para a sociedade como um todo a política de recuperação de pastagem degradada. É muito importante ter esses estudos preliminares para que o governo realmente possa investir com segurança. Então se eu aplicar esse dinheiro nesta política pública, trabalhando esta tecnologia, nós vamos ter um retorno, tanto do ponto de vista econômico e social quanto ambiental”, destacou o coordenador de transferência e tecnologia da Embrapa, Flávio Wruck.
Na região de Sinop, além do workshop, foram realizados visitas ao campo experimental de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) da Embrapa Agrossilvipastoril, bem como a duas propriedades rurais que apresentam áreas bem manejadas de lavoura, especialmente soja e milho, integradas com a pecuária.
Pará
Já no Pará, Belém e Marabá sediaram os debates, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) do Pará e com a Secretaria Regional de Governo do Pará.
“Esse e outros estudos que estão por vir, trarão subsídios para as nossas ações, para a Sedap enquanto coordenadora do Plano ABC+ estadual e enquanto Secretaria de Desenvolvimento Agropecuária do Estado, que carrega essa missão de formular estratégias, formular políticas públicas alinhadas com a realidade”, destacou a coordenadora do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+ Pará, Heloísa Figueiredo.
Em Marabá, além dos workshops, aconteceu uma visita técnica a duas propriedades de assentados da reforma agrária, Lajedo e Sororó, para que a equipe conhecesse experiências bem sucedidas de recuperação de pastagens degradadas.
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